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Mostrando postagens de julho, 2010

a propósito de Utopia e Barbárie

Silvio Tendler é um especialista, podemos dizer, em documentários. Já tematizou de Glauber Rocha a Jango, de Juscelino Kubitschek a Milton Santos. Todos os temas giram entre uma experiência própria que este documentarista tinha com sua época de extremos. Em geral, Tendler, que já trabalhou no Chile, França, Vietnã, Israel, é um ansioso pelo campo frutífero da revolução Latino Americana – que, é inevitável ponto de pauta de quem viveu a geração de 1968, o ano que, segundo o jornalista Zuenir Ventura, ainda não acabou. Em Utopia e Barbárie (2009), o tema vai ao olho do furacão dessa geração atribulada, erótica (como diria Marcuse), intensa, revoltada, rebelde, jovem. A modernidade chegava, no mundo, a um multiculturalismo que parecia infinito – o mundo nunca tinha sido tão grande, tão cheio de experiências, de imagens. Exóticas ou estáticas, as imagens reviram-se em neons, em cartazes das então vedetes seminuas, de uma publicidade e consumo que viciam. O escândalo como meta, o espetáculo