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Mostrando postagens de fevereiro, 2007

o que se imagina é também ditado - não por professores

Quem disse que o imaginário é algo transcendente? ele tá aqui na sua frente. Alguém certo dia disse que Godard foi um dos poucos que soube como usar a linguagem da TV com uma intenção diferente, mais politizada. Isso quer dizer que a linguagem televisiva nunca tem reais fundos informativos. Digo isso porque a informação sempre tem intuitos políticos, ou seja, tem uma razão de ser. Por que informar? Pra quê? Os dados estão no mundo somente pra flutuarem e causarem uns frissons, umas cócegas bem rápida, bem por alto, bem rápido, bem superficiais? Só pra gente saber que tudo anda, tudo está andando pra frente - progressivamente via o túnel do objetivo maior do avanço? O Godard que a gente conhece usa, além da linguagem narrativa imagética - usa a realidade enquadrada pra narrar, também consegue deixar todas as brincadeiras que jornalistas adoram chamar de fatos mais evidentes como apenas peças de montar, de um jogo que quem sabe jogar está por cima, ditando o que se vê.

A imagem não é um signo

O tal do mundo entre parênteses, ou o EIS A IMAGEM (EIS AQUILO, ou EIS ISSO) pressupõe um ser anterior pra nos dizer isso. Os parênteses, quem coloca mesmo? Mas de qualquer maneira nós assistimos ao mundo - ele não é imagem, mas se torna imagem. Ele se torna recordação, lembrança e assim representa algo. A imagem é ambígua, o signo não. Signo se refere à imagem, ele tenta descrevê-la - e pode até ser outra imagem. Mas a imagem a que se refere, não. PORTA não é a porta que eu vejo. PORTA é uma palavra, um signo. A PORTA é outra coisa. E se eu abro a porta? Vou abrir a porta, mais uma vez... pode entrar. é dia das mães, eu resolvi lhe perdoar, eu vou abrir. Abri, então. O que há lá dentro, alice? Alice? morreu, coitada. Continuemos então com a tentativa de abrir as portas.
Signos que parecem perdidos no meio de um turbilhão de prédios. Como em uma bolsa de valores em Wall Street todos eles gritam por uma atenção, E esses signos ainda nem sequer foram completamente significados. São ainda umas quase palavras rondando a casa que parece também um tanto bem protegida demais contra o que vem de fora. É a í então que uma das paredes rui, e cai abaixo um signo absurdamente denso e profundo, que de uma maneira mais midiática queria nos demonstrar que a profundidade chega aos céus – deflorando ou estuprando a LIVIDEZ DO NADA infinito. Um signo do poder sobre-humano, o signo fálico, desejo das masculinidades “primitivas”. Aquelas dominadoras do pater família gentil e brando que no olhar já nos coloca em nosso devido lugar. O signo cai, e como não bastasse somente um signo cair, cai outro ao lado, cópia do primeiro. Caíram abaixo sobre choros de milhares, e sob destroços de um metal não muito resistente ao calor. Quem pra nos dizer que aqueles dois signos caíam e
Amigos. Teve um dia em que quatro jovens filhos de proletários ingleses reinventaram a música. Fizeram sua política espontaneamente, mas acabaram percebendo seu poder e se engajaram. John, mais propriamente. No dia 8 de setembro de 1980, John, então, foi assassinado por Marc Chapman, um admirador meio fanático que não gostava muito das idéias que o artista saia falando pela mídia. Paul era o parceiro de músicas de John. Era um ótimo músico, com capacidade inventiva acima do normal. Era um trabalhador da música, um cara que realmente dava valor ao que fazia e era bem visto por isso. Fez certo dia uma música chamada Yesterday, que chegou a ser um hino melancólico popular em língua inglesa. Foi praticamente o administrador da banda The Beatles no fim da carreira dela. A tal revolução que os Beatles fizeram devém de uma força da época. Eles, como artistas que inventaram o POP, estavam dizendo tanto para os grandes capitalistas da música quanto para os mais eruditos, também os mais desinter

O pôr do sol

Ele vai embora todo dia mesmo. E depois volta. Hume disse que a gente se acostuma, e que ele pode não nascer amanhã. Não sou tão cético, mas algo me diz que Hume tem uma certa razão. Da mesma maneira que ele tem razão ao dizer que não existe nada mais racional do que eu querer explodir o mundo a um arranhão no meu dedo. Isso que é razão... É.. essa faculdade de medir já se foi faz é tempo. Essa razão. Esse juízo. E dizem que isso é romantismo e doidice - e se for? Já falei que o sol se põe, que ele vai embora, e de noite fica só a lembrança. Aí o sol vira lua. Nada natural, eu tô falando só da mudança das iluminações, climas, cores, humores........ e planos. No fundo a noite chega pra dizer que vem dia ali. mas e se não vier? fica a lembrança do sol. e isso não é pessimismo: é só precaução - pq eu realmente, apesar de ainda não aturar olhar diretamente pra ele, amo muito o sol. Ele se põe mas volta... ah volta, doutor Hume. Volta porque ele ilude dizendo que tem vida aí pela frente.