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Mostrando postagens de maio, 2008

Por que tanto Glauber?

Há de se considerar que ninguém mais aguenta ouvir o nome de Glauber como um marco no cinema brasileiro - e não saber o porquê de ele ser esse marco. Em qualquer lugar que haja um cinéfilo com olhos arregalados querendo saber das novidades do mercado de entretenimento, o nome de Glauber Rocha (tão repetido aqui neste blog que vos serve) é algo datado, se não ultrapassado, velho, antigo, sem referencial atual. Dá até pra concordar a respeito da não atualidade. Mas que tipo de atualidade é que se imagina nessa tentativa de representação cinematográfica contemporânea? Glauber é nicho de pesquisa sobre o audiovisual latinoamericano. Ele, dito abaixo no texto de Guerra Conjugal, foi como Oswald de Andrade ao dissecar a linguagem poética. E, se estes dois ficam em seu tempo, é muito porque a poesia hoje não faz mais muito sentido - o pragmatismo da imagem útil toma a dianteira da paleta de planos. Glauber Rocha desimagina o que se imaginou até sua presença no meio visual, e re-edita o início