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Mostrando postagens de maio, 2006

mute antes

Os mutantes voltam depois de 33 anos pra fazer shows na terra Anglo Saxã - Inglaterra, e EUA. Depois de Arnaldo, depois de Sérgio... mas Dinho surpreende. Arnaldo é o corpo vivo do gênio, que brilha no palco doido que nem ele próprio. Sérgio, o mais novo, mas o raciocínio da banda, tem o ouro nas mãos. Dinho fica com a música e ritmo, com a ajuda da belíssima, mas também genial Simone Soul. Zélia Duncan infelizmente não teve lá sua nitidez, mas mesmo assim mostrou aos fãs pra que veio a banda: uma saudade que devia ser assassinada, e uma evidência de que o Brasil não tem mais isso tudo o que eles fizeram. Pra baixar o show que algum fã gravou, favor, clicar: PARTE 1 http://rapidshare.de/files/21218235/Os_Mutantes__London_22_May_2006a.rar.html PARTE 2 http://rapidshare.de/files/21222357/Os_Mutantes__London_22_May_2006b.rar.html

O Crucifixo -- II

Desde este X, que pode virar †. O Crucifixo devém da cruz. Um objeto antigo e conhecido por religiosos dos mais fervorosos aos mais “perigosos” integrantes do PCC – Primeiro Comando da Capital. O objeto afasta vampiros. Mata os obscuros, afirma as bondades pacíficas que todo o ser humano “precisa” e “quer”. O que foi aqui chamado de adorno, esqueçamos essa denominação, agora nos amedronta pela sua aparente insignificância. Muito pelo contrário: o crucifixo significa muitas coisas. Na mente cristã que estratifica a moral e assassina o conhecimento, o crucifixo tem a incumbência de fazer a vida ter relevância, diante do hedonismo. Não tem uma força cruzada – não possui mais a forma de uma arma que conquista os atrasados, bárbaros, aqueles que recusam ser civilizados e ainda adoram o pai ditador que matou o próprio filho [1] . Não está nas bandeiras, nem tem o jesuíta para segura-lo. Ele apenas demonstra uma vitória, e os vencedores são os mais limpos discípulos de Napol

A Cruz -- I

Morte em todos os lados, no nosso quadrado fechado Antes o sacrifício era feito por consenso da tribo, aquele sacrifício que purgava toda a comunidade – trazia a catarse. O escolhido para ser sacrificado era o que nós hoje chamamos de bode espiatório, o laranja, uma pessoa que de vez em quando nem tem muito a ver com o mal que assola o universo da tribo, mas é enforcado, queimado, assassinado a fim de dar uma lição moralista e religiosa a quem quiser fazer coisas que prejudiquem o sentido do bem dos integrados à comunidade. Na era dos Romanos, em Jerusalém, na Galiléia, muitos sofriam a pena de morte como sacrifício perante os cidadãos romanos. Era dura lex, sede lex . A lei de Talião, do olho por olho, dente por dente, há pouco tempo tinha sido suplementada pela lex romana – nos moldes que somos ensinados até hoje nos cursos de direito. Uma das maneiras de se assassinar o escolhido pela tribo, nesta ocasião, era a crucificação com pena de morte. O sacrificado pela tribo era, d

"AUTOCRÍTICA DE UM CONDENADO DA TERRA" Por Glauber Rocha

Texto original em Francês , traduzido por Anita Leandro José Marti,Che Guevara, Franz Fanon são intelectuais revolucionários do terceiro mundo. Os condenados da terra explodem depois do proletariado em 1917. A Rússia destruiu Napoleão, o czarismo, o capitalismo, Hitler. Depois da desagregação do império inglês, Fidel apareceu para destruir o imperialismo norte-americano. Fidel, o homem mais poderoso do mundo (força ,beleza, inteligência, cultura, erotismo, o destruidor de Hollywood / CIA, comedor de mitos da lost generation etc / um homem mais que Errol Flynn / Hemingway / John Wayne / Fidel Castro e Che Guevara contra John, Bob e Teddy Kennedy, etc.) não recebeu lições de Marxismo, Leninismo, Trotzkismo, Stalinismo, Maoismo, etc. Fidel, absolutamente liberado, faz sempre sua autocrítica comunizando seu mito com o povo. Ele não é um Deus. O povo Cubano o chama amorosamente EL Caballo. Ele é a violência e o amor. Os dois maiores escritores hispano-americanos são José Marti e Alejo Carp
Aos rumos que o mundo toma Godard se molda a seu modo crítico e erudito, sem largar a realidade: a brutalidade do automatismo de hoje, a tentativa de entender o mundo de ontem, a possibilidade da revolução de ante ontem, e a ingenuidade de uma nova visão de cinema sem a impregnação dos vícios hollywodianos – no início. Jean Luc Godard, filho de banqueiro suíço, mas filósofo no cinema. Os seus filmes não se comparam, mas seguem uma estética ao fundo. Ele não anda na contra-mão, porque não vê nenhuma mão. Acima de qualquer absurdo, Godard entende o mundo como algo a ser explorado, a ser identificado constantemente – como num ensaio. A beleza de seus filmes não é frívola, não se desgasta com o tempo. Isso porque, quando usa a frivolidade pop, tenta não se afogar nela como um mercador de informações. Então ele viaja nas possibilidades irreconhecíveis das imagens massificadas, sem trazer o clima reificado das bancas de revistas. Em Godard sentimos uma ansiedade por conhecer o mundo, por de