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Mostrando postagens de julho, 2006

O Pós moderno

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os guerreiros de jogos vindos do extremo oriente possuem quase a mesma postura de pinturas egípcias. Eles se mostram para quem olha, o espectador, o jogador. Se se movimentam, e sim, eles se movimentam, vão como se quisessem tornar comum todos os seus atos, ou se quisessem que todos os vissem. Dentro de uma concepção moderna, isso é atrasado e não efetivo. Ou seja, mostrar que está mostrando não pode, porque parece infantil. Mas não é de infantilidades que todos vivemos hoje? Parece ser uma pedra fora do muro.

HISTORIA VERIDICA

A un señor se le caen al suelo los anteojos, que hacen un ruido terrible al chocar con las baldosas. El señor se agacha afligidísimo porque los cristales de anteojos cuestan muy caro, pero descubre con asombro que por milagro no se le han roto. Ahora este señor se siente profundamente agradecido, y comprende que lo ocurrido vale por una advertencia amistosa, de modo que se encamina a una casa de óptica y adquiere en seguida un estuche de cuero almohadillado doble protección, a fin de curarse en salud. Una hora más tarde se le cae el estuche, y al agacharse sin mayor inquietud descubre que los anteojos se han hecho polvo. A este señor le lleva un rato comprender que los designios de la Providencia son inescrutables, y que en realidad el milagro ha ocurrido ahora. Júlio Cortázar

Existe uma estética do terceiro mundo?

Se não me engano, o prestígio do terceiro-mundismo esteve ligado ao entusiasmo pelas lutas de emancipação nacional e as reservas em relação à União Soviética. De fato, nada mais bem-vindo que um movimento histórico em que pareciam reunidos o antiimperialismo e o anti-stalinismo. Entretanto, por mais fundados que estes sentimentos fossem, será que abriam uma saíra nova para a humanidade? Assim, encabeçado por figuras nacionais, como Nehru, Nasser ou Castro, que propositadamente fugiam à classificação, o terceiro-mundismo deu a muita gente a impressão de inventar um caminho original, melhor que capitalismo ou comunismo. Daí o clima de profetismo e vanguarda propriamente dita eu se transmitiu a uma ala de artistas e deu envergadura e vibração estético-política a seu trabalho. Isso sem prejuízo de sua ingenuidade e demagogia, que ficarão igualmente, mas enquanto documento. Ao público patrício, provinciano pela natureza das coisas, estes artistas deram o espetáculo importante do intelectu
Crianças de Israel escrevem mensagens sobre munições de artilharia pesada em Kiryat Shmona, próximo à fronteira libanesa. Munições que irão assassinar outras crianças, do lado de lá da fronteira. Nem a juventude hitleriana conseguira imaginar tal perversidade. E dizem que a democracia ocidental norte americana não possui ideologia. Tem sim, sr. distraído. Tem tanto quanto os judeus têm.
Anos 80 O fim. O melodrama já era um artifício de ilusão, nesses anos de trevas ele vira a única via. Não por acaso o outro lado da corda é o hardcore, o suicídio, a revolta consigo mesmo que surge como alternativa contra o sistema conservado pelos patrões do mundo. Os jovens criam do satanismo de Keneth Anger e Aliester Crowley uma nova seita assassina da criatividade, uma seita unilateral que via no punk um bando de garotos podres sem direção. As camisas pretas, os cabelos longos e o apuro musical do progressivo volta com Iron Maiden, com Metallica, com Halloween. O cinismo do pop é execrado. Nem mesmo Dead Kennedys ou Misfits querem usar a mídia televisiva pra alguma coisa. Na verdade, os anos oitenta com seu fetichismo criam mais ou menos 5 vertentes musicais (pra não entrar no resto das artes, fiquemos apenas com a música, que é mais divulgada pelo mundo e produz muito mais subjetividades): 1- O já chamado Heavy Metal. Black Sabbath não adivinharia que do blues denso
Anos 70 Na rebordose de Guy Debord, no ultimato de Wittgenstein, poetas se inserem n a s ciências humanas. É a hora de Pierre Bourdieu, Althusser, Gilles Deleuze e Félix Guatarri conseguirem espaço pra suas verborragias com o socialismo completamente diluído, e tudo o que vinha dos jovens da década de 60 sendo incorporado às modas e à TV colorida. Se houve uma crise na literatura nos anos 50 e 60, nestes agora que estamos ela definha completamente. No máximo nós sentimos a péssima influência do jornalismo nas escritas. A última respiração vem com Hemingway. O Glam do TRex, junto ao niilismo de Velvet Underground nos dão um arcabouço ao Pop. Andy Warhol surge pra ironizar com o mundo com seu ceticismo, pra usar a mídia contra ela mesma. Afinal de contas, o mundo que existe é o que aparece. E somente o que aparece que é bom, além de existir. Com o colorido industrial, o ganho contra a sociedade tradicionalista chega a seu cume, e os arquétipos femininos são usados e esgotados. D
Anos 60 Jovens apertados de tanto tradicionalismo dos antigos intelectuais rancorosos, ranços do marxis mo e do estilo forte militante de mais marginais como os surrealistas, se juntam contra o homem de bigode aristocr ata, mas rude. Eles se juntam em grupos pra produzirem arte, para produzirem pensamentos. Claro que algu ns v elhos já eram subversivos e aderiram diretamente ao movimento dos jovens, como Sartre, os poetas Beat e H uxley, aqui no Brasil foi Vinícius de Moraes e Tom Jobim. Esses velhos tinham um olho virado para o modernismo do início do século, não concordavam com os beligerantes e muito menos com o estado das coisas depois das guerras e genocídios raciais. Foram movimentos por todo o mundo. Os jovens se reuniram nos anos 50, e explodiram nos 60. Janis Joplin chupava o blues e jazz dos beat, Jimi Hendrix vomitava microfonias contra a idiotia que acontecia no Vietnã. O blues chegou na Grã Betanha, e criou o que nós conhecemos como Rock, hoje em dia ( se dependes

A mancha de sangue

Já falei uma vez aqui sobre o ideal midiático de mulher. Eis que bate à porta outra vez essa sugestão. Tudo porque vejo fotos no msn, no fotolog, na TV, no orkut, até nas músicas, perfumes e vitrines. Vejo fotos de bonecas. Fica no plano médio: não tem muito a ver com gostar, ou ser indiferente. É mais uma versão atrasada da época bela com ranços medievais. A serva, os cabelos trançados, a modelo, a americana siliconada que vê no caminho mais fácil olhar pra o seu pretendente de uma maneira que chamamos “sexy”, abaixando a cabeça pra o machismo supermoderno – uma bárbara relação de meninos de catorze anos, cuja brincadeira é dura e machuca. O corpo aparece modelado, mas o rosto é o cartão de visitas. Ainda não se sabe como a mãe vai ser daqui a alguns anos. É um barulho que nos deixa surdos, essa opressão de carros e ternos que atropelam a voz fina. Eu, homem branco ocidental, porém brasileiro, não sou obrigado a aceitar o meretrício das novelas ou da TV. Mas é a única opção

Aos gatos e gatas suicidas pós modernas (aos emos)

Todo mundo fala de solidão. Vou tentar também. Ficar só é esquecer dos outros. O calor dos outros. O medo dos outros acontece mais vezes, e nós ficamos com um ressentimento da vida feliz alheia. Solidão é querer tristeza, é querer maldade, é querer o cru. De só todos têm, mas de solidão todos querem. A iniciativa vem diretamente da trágica respirada do por ter nascido. A obrigação de jogar sem ter os truques - e se roubar pode ser isolado com os criminosos. Só se isola quem aceita a solidão, nem retruque. O homem romântico perde o sentimento de ilusão hoje em dia, e ganha em sarcarsmo e raiva. Ele é mais spleen, mais suicida - um retrógrado. Ademais, um tempo contra Nietzsche e sem ambições capitalistas pode chegar como inevitável, como um tempo de idéias completas, no qual a solidão não existe e não mais pertence ao sentido de nossa espécie. E que morra junto dos tediosos tristes apolíticos toda a depressão da impotência humana. Essa é tão feia - infantil e feia. Quem foi que disse qu

O medo da Europa

Por medo, a américa do Sul acaba de sair da copa. Por mais medo ainda, o Brasil saiu da copa do mundo. O Brasil é um país de pobres, que não saem nas ruas pras manifestações, e preferem ir à igreja, como bem disse Lula. Aqui nós não temos tradição de nada, nem mesmo no que nos querem impôr - caso do futebol.