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Mostrando postagens de novembro, 2005
O cinema hoje deveria ser mais ontem. Só que no Brasil, o cinema hoje nem isso deveria. Quem assiste a Che Guevara, ícone de uma revolução que derramou sangue pela inssurreição dos mal pagos ontem, por conta de nossa mente sã brasileira atual, ordeira, que acaba com qualquer ebulição até mesmo nas obras artísticas, é um personagem típico de novela. As novelas que me desculpem, mas o Cinema brasileiro tem sido pior que elas. Sim, tem sido sim. No Brasil não se seguiu uma linha de diretores, de produtores, de produtoras e etc, como houve, e parece que sempre vai haver com as novelas da Globo. No campo do cinema, um dos nossos expoentes, o Arnaldo Jabor, da Globo também, fala hoje em dia que não faz filme porque tem preguiça. Em contrapartida, a vedete da revista Veja, Diogo Mainardi, faz alguns filmes que ninguém nunca vai ver e faz questão de colocar na sua coluna. E a vedete tem a audácia de se comparar a John Cassavetes e sua produção independente nos EUA. Todo “bom” intelectual de ho
“A literatura destrói os limites precisos dos objetivos. Tem um caráter de desequilíbrio. Se não é loucura, se mantém no limite da loucura. Marca o acordo do homem com sua própria aniquilação, com a morte, com o movimento que nela o precipita. Mas coloca o homem no pico da desordem que o arrasta. Ele percebe daí a extensão do movimento que, nos levando ao pior, ao mesmo tempo nos eleva ao glorioso. Propõe ao homem não acabar com o horror do mal, mas enfrentá-lo com um olhar lúcido. A literatura é a possibilidade de lucidez quando o sujeito e a consciência são negados e destruídos.” G. Bataille – La litérature et le mal
Strange Days, nunca mais. A estupidez da inverdade sem a poesia das drogas de um tempo extraordinário entre os dias dos anos 60. A imbecilidade de formalismos sem fogo, sem amor, sem sexo, sem gritos, sem experimentalismo – a não ser na marginalidade. Eis nosso tempo, comparado com 196... Com as portas das percepções cerradas, estas tão preocupantes num momento diante de um jardim que há pouco tempo havia sido bombardeado por armas de gente ambiciosa, aquelas percepções de que Bergson primeiramente falou para dar o caminho, mais tarde Russel, Ponty, até Sartre e alguns marxistas mais radicais conhecidos... E pops como Huxley levaram para alguns jovens que queriam espaço pra cuspir na tradição do velho que segura sua cadeira familiar. As portas naquela época, entreabertas com drogas alucinóginas e atitudes extremamente dionisíacas, por demais ininteligíveis para qualquer um do tempo linear. Do tempo previsível. Do nosso tempo. Jim Morrison cai do palco quase sem seu pudor, quase sem sua

ACOSSADO - GODARD

A Santos Zunzunegui – PAULINO VIOTA 1 A bout de souffle . La planificación, muy suelta, es a la vez perfectamente clásica, realizada con la desfachatez, la seguridad, no de un recién llegado sino de un cineasta con una obra amplísima detrás (como Picasso que, adolescente, pintaba a la manera de todos los maestros de su tiempo). Godard lleva su autoridad a utilizar las técnicas extremas del montaje muy picado en algunas ocasiones y los planos-secuencia en otras (técnica de la flexibilidad máxima en la que habían destacado Welles y Hitchcock). El más hermoso desarrollo de este contraste está en la escena final. Cuando Patricia le dice a Michel que lo ha delatado sin duda para obligarle a huir y de este modo alejarle de sí Michel revela que está más interesado en su amor que en su vida. Desiste de vivir porque necesita hacerle ver a ella que se ha equivocado. La tensión de la escena se crea porque los personajes en lugar de afrontar el peligro se olvidan totalmente de él y se entregan a l

Espetáculo #2

LULA DE PELÚCIA “O Presidente não podia aparecer em público, pois uma multidão estava sempre a postos para pedir um autógrafo, tirar fotos ou ao menos tocá-lo”. O Artista Plástico Raul Mourão expôs então sua criação - os ursinhos de Lula. De tão amoroso, calmo e rosa que o Lula está, o bichinho vem na hora exata. Sua populariadade como chefe de Estado precisa de estratégias semelhantes. O Raul Mourão, inclusive, deveria já lançar o tucano de pelúcia, e colocá-lo logo ao lado do barbudinho. É bom porque é um brinquedo unissex e para qualquer idade( qualquer mesmo).

Moro no Brasil – 2002 Mika Kaurismaki

Ele vem da Finlândia, país nórdico, gelado, no topo e no núcleo do mundo, para dirigir um documentário sobre o país amarelo de sol quente e sujo pela miséria, o Brasil. Sobre sua cultura, ou seja, sobre a música brasileira. Mika conheceu o samba devido ao sucesso que a bossa nova teve nos anos 50, 60, 70. Ele mesmo aparece pela primeira vez como personagem de seu filme segurando um vinil antigo no meio do branco de seu país. Cabe chamar a atenção: é um filme feito em primeira pessoa. O percurso de Mika começa em Pernambuco com as mais primitivas... mudemos: as mais profundas manifestações culturais do Brasil. Ele ouve desde o início da nossa música, nossos batuques como trilha sonora dos espetáculos teatrais itinerantes, o teatro mambembe, no qual os sonoplastas usavam instrumentos leves e que produziam vários tipos de sons nos mais diversos timbres, por ser mais prático ao tocador. Daí ele se infiltra nas plantações de cana pra ver de longe, lá do meio do mato, vir os grupos de Maraca

pra não perderem o bonde

Onde se lê "França", nos três primeiros links, leia-se "comunidade branca francesa": França proíbe aglomerações públicas 12 de novembro, 2005 Notícias França quer expulsar presos em distúrbios 09 de novembro, 2005 Notícias Volta da ordem na França 'vai levar tempo', diz premiê 08 de novembro, 2005 Notícias Homem de 61 anos é 1º morto em distúrbios no país 07 de novembro, 2005 Notícias Países vizinhos temem que violência da França se espalhe 07 de novembro, 2005 Notícias Metade dos presos em Paris é menor de idade 07 novembro, 2005 BBC Report Policiais pedem Exército nas ruas da França 07 de novembro, 2005 Notícias LINKS EXTERNOS Presidência da República da França (site oficial, em francês) A BBC não se responsabiliza pelo conteúdo dos links externos indicados.

Maio de 68 passou desapercebido – para aqueles que voam na vida

Violência assola França Paris está com suas ruas limpas. Pelo menos isso é o que o Governo de Jaques Chirrac andava querendo mostrar para o mundo – a limpeza da França. Agora, com mais de 300 carros, segundo números oficiais, queimados nas ruas, diversos atos de vandalismo a prédios e ginásios públicos e aproximadamente 300 pessoas detidas em uma só noite, essa visão de limpeza não mais convence. Dois ministros da direita (Villepin e Sarkozy) francesa já pensam em destituir Chirrac. Por que? Digo agora. A “violência urbana” de “gangs de jovens” de periferia que dominou o país, junto com a quase que “guerra de etnias” que existe desde tempos. A tal “escória” (assim gritam os conservadores) já queimou mais de 5 mil carros em aproximadamente 3 semanas de mobilização, muito mais do que o governo vem divulgando. Em uma só noite do dia 11 de novembro foram 900 carros queimados, inclusive no centro da capital, Paris. Depois disso, 3 mil homens foram contratados para atuar na polícia. O gover

Análise curta da mídia dos EUA sobre os acontecimentos da França

Depois de 11 dias de revolta, nós pensamos que poderíamos lhes dar uma amostra da cobertura das mídias dos EUA nas revoltas francesas. Não uma lista exaustiva, mas para dar pelo menos uma idéia. NY Times : Boa pesquisa dos últimos 11 dias inclusive datas e figuras. Análise escassa mas concisa. "Enquanto a violência não assumiu implicações religiosas, a maioria dos jovens envolvidos é muçulmano, despertando o medo de que grupos de Islamistas pudessem ir atrás nos descansados para recrutar sócios novos. Postings de Internet de um tal movimento encorajou os muçulmanos jovens em outro lugar na Europa se revoltar no nome de Islã." Washington Post : ênfase nas mais recentes palavras de Villepin. Perguntado em televisão no canal TF1 se o exército deveria ser chamado, o Primeiro-ministro Dominique de que Villepin disse, "Nós não estamos neste ponto." Time : Falta de integração/assimilação. Recapitule 68, revolução que derrubou um governo. Sarkozy é o objetivo este tempo. Ne

Onde está o universo feminino agora?

Ele antes vinha pra nos redimir da maldade da cultura ocidental masculina das guerras, das imposições, das verdades politicamente corretas que brilham na cara do mais estúpido branco crente no deus justiceiro e carniceiro. E sempre Imperialista e etnocentrico. A mulher agora é o lugar mais calmo dos prédios seguros e segurados pela burocracia do papel que mata os desdentados. Ela é o assistencialismo das mães que nem conhecem seus filhos, mas se impõem nesse papel de compassiva pra não deixar com que o animal com barbas aja mais uma vez como genocida. Sem querer ela não percebe que se enfraquece cada vez que bate ponto no campo minado idiota da miséria alheia. Esse campo que um dia foi estrategicamente colocado pelos cães engravatados que babam por uma noite de orgia sem que a esposa saiba. A vida alheia miserável do Brasil e do mundo clama por ajuda, e só aparece o assistencialismo das beatas que choram de tristeza pela impotência de sua existência. A mulher, um dia redentora como nas