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Mostrando postagens de abril, 2006

O IMPORTANTE É QUE VAMOS SER HEXA!

Não é necessário ser nenhum grande clássico futebolístico para que o Brasil se converta numa grande arena verde e amarela. Já nos quatro anos de intervalo entre as Copas do Mundo, o país respira mundial, desde o primeiro jogo da eliminatória sul-americana até o último amistoso que antecede a estréia da seleção. A dois meses da Copa do Mundo, o país já está preparado para uma grande final, com direito à bandeirolas, comoção generalizada... E até a escalação da equipe já está decidida pelos milhares de treinadores que compõem a torcida do "país do futebol". É verdade que, com a proximidade de junho, os nervos se agitam e o falatório já é unânime, ainda mais quando, como há muito tempo não acontecia, o Brasil parte como gande favorito. Todos seus adversários o temem, os prognósticos sempre o aponta na final, e a euforia sobe a um nível máximo ao deparar-nos com uma safra de jogadores que não se via desde o final dos anos 70, começo dos 80: período da brilhante seleçao do Mestre

Aforisma 125 - Friederich Nietzsche - Gaia Ciência

á O homem Louco. - Não ouviram falar daquele homem louco que em plena manhã acendeu uma lanterna e correu ao mercado, e pôs-se a gritar incessantemente: “Procuro Deus! Procuro Deus!”? – E como lá se encontrassem muitos daqueles que não criam em Deus, ele despertou com isso uma grande gargalhada. Então ele está perdido? Perguntou um deles. Ele se perdeu como uma criança? Disse um outro. Está se escondendo? Ele tem medo de nós? Embarcou num navio? Emigrou? – gritavam e riam uns para os outros. O homem louco se lançou para o meio deles e trespassou-os com seu olhar. “Para onde foi Deus?”, gritou ele, “já lhes direi! Nós os matamos – vocês e eu. Somos todos seus assassinos! Mas como fizemos isso? Como conseguimos beber inteiramente o mar? Quem nos deu a esponja para apagar o horizonte? Que fizemos nós ao desatar a terra do seu sol? Para onde se move ela agora? Para onde nos movemos nós? Para longe de todos os sóis? Não caímos continuamente? Para trás, para os lados, para a frente, em toda

Dialética e barroco?

A imagem A primeira imagem dialética que percebo é a do mundo entre mim. Alguns se deliciam ao dizer o “mundo contra mim” – e vivem tristes achando que não deveriam ter nascido no momento que recebem um olhar meio surpreso (nem precisa ser reprovador). Escondem-se e querem que todos morram – porque, é claro, só aquele que pensa assim que pode estar “certo”. Mas tem o que vê o mundo entre si. Aquele que gosta de pegar nas paredes e sentir os cheiros, de andar por todos os espaços e maneiras, de olhar nos olhos e brincar com deus. São aqueles que não se decepcionam com o mundo, porque o mundo não é. Ele não é. Eis então a imagem dialética: nasci... sofri... olhei e vi: não sou o único que pensa desta forma.

Johnny Cash - pego, preso, o pecador

Dor (Hurt) Machuquei-me hoje Pra ver se ainda sinto Eu presto atenção à dor Uma coisa real A agulha abre uma fenda A familiar velha picada Tento matá-la de todos os jeitos De tudo, eu lembro O que me tornei?Doce amigo Todos os meus conhecidos fogem de mim... No final E você poderia ter tido tudo isso também Meu império sujo Eu quero deixar você pra baixo Vou fazer você sofrer Uso essa coroa de espinhos sentado no meu trono de mentiras Cheio de idéias quebradas que não consigo consertar Debaixo das manchas do tempo as idéias desaparecem Você é outra pessoa, eu estou certo disso... O que eu me tornei? Doce amigo Todos meus amigos fogem No final E você poderia ter sido tudo isso Meu império de sujeira Vou deixar você pra baixo Fazer você sofrer Se pudesse começar de novo... A milhões de quilômetros daqui Eu até poderia me achar Achar um caminho

espetáculo #4 - 1980 e poucos

Na rua de manhã naquele sol quente amigo nosso de toda manhã, no ponto de ônibus. Tem umas árvores que balançam com uns ventos quentes, também, devagar no início e frenéticas no fim, isso porque o vento tem fim. Vento que tem cheiro, mas que fede, que tem ar desmedido, sem força de vontade. Um vento brando, sem querer viver. Foi, na rua, na calçada pelando, perto daquele meio fio – uma reta de concreto que nos avisa até onde podemos ficar para não sermos trucidados pelas máquinas velozes – as máquinas que dão uma carapuça moral há milênios procurada pelos homens medievais, românticos e, agora, modernos. A carapuça que nos movimenta economicamente hoje em dia – e é movida à gasolina, derivado do petróleo das guerras. O matinho tenta crescer entre as pedras. O vento tenta passar os prédios. E eu olhando aquela reta, aquela grande reta na qual nós não podemos ficar muito tempo – periga morrer. O sol esquenta mais, o tempo esquenta o sol e vice versa. Mas eu vejo, então, pessoas arrumadas