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Mostrando postagens de setembro, 2020

crítica: O diabo de cada dia - Antônio Campos

Depois de Hitchcock, Scorsese, Tarantino, essas cenas de violência extrema passam pra nós como algo muito comum, muito "normal". É possível vê-las, também, em games hiper-realistas, naqueles RPGs com pessoas que fogem de assassinos. A cultura norte-americana foi visivelmente construída neste grande campo do serial killer, estilizado de Norman Bates a Ted Bundy. Essas cenas estão no roteiro literário do escritor Donald Ray Pollock, que também é narrador over do filme. Diferentemente do realismo dos diretores citados no início deste texto, a agressividade é diretamente ligada à religiosidade puritana, provinciana dos Estados Unidos da América. País da liberdade, porém, armada. O fetiche, como um atributo que podemos dizer relativamente derivado dessa religiosidade, está no assassinato. Vem das guerras? É provável, como veio o pai do personagem principal, Arvin Russell. Aquele teria visto uma cruz, ensanguentada com algum corpo esquecido - e essa cruz participa do inicio ao fim