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Mostrando postagens de novembro, 2008

Costumes de San Paulo

Na pose, o cantor faz sua apresentação. O detalhe em sombra é do rapaz, muito ao jeito de um saqueador, com uma espécie de arma à espreita. Ou seria um leque? Bem... O outro rapaz à direita do quadro faz um gesto com a mão indicando o que pode ser.

Costumes do Rio de Janeiro

Ele salta a varanda à procura de sua amada. Ou da viola ali no chão, pra tocar sua cantiga de amizade. A criada vê. Certamente vai contar ao pai da moça, que manda o rapazola ir embora rápido. Hoje não vai ter transa nenhuma, romeu...

San Salvador

Atenção à vista dos conquistadores. Até mesmo a iluminação da gravura demonstra esse quadro neoclássico, porém, sem perspectiva, da natureza com novos donos. Um deles (talvez) agarra uma negra logo ao lado esquerdo da dança de capoeira. Sim, um branquelo, mas com pés negros...

Vista de Olinda

Como sempre, o branco europeu sentado assiste ao trabalho escravo.

Transporte de negros

"vocês agora vão ser leevados a uma guerra. Arrumem-se"

Dominação Simbólica

Igreja da candelária em Fernambuco. Sim - Fernambuco. Onde está a festividade?

Dança da guerra

Mas quem disse que os negros vinham aqui submissos? a cultura negra era forte, e, de certa forma, tem ainda hoje uma parcela da hegemonia simbólica nacional. A festa é clara. Do lado esquerdo, um se veste de colonizador com uma conhecida cartola. A dança era esquisita, e resistente - era na verdade uma luta encoberta pela festividade. Coisa comum no Brasil cordial. Melhor não mostrar pra não ter briga de fato. Melhor brigar de outra maneira.

Aldeia de Tapuyos

Outra força européia. A Igreja. Mas a catequização não era forçada - era uma educação. Os tapuyos chegam ao missionário perguntando: "o que é que está acontecendo, seu padre? Vocês não vão embora? Tudo não vai voltar ao normal?" O missionário, claro, convencia-os a trabalhar para não morrerem. Ele aponta: "vejam, crianças... deve-se viver como esses dois. Caso contrário, vocês serão esquecidos ou mortos."

Guerrilha

Atenção ao detalhe no centro da foto - os negros lutavam à favor da colonização. Fato que corrobora a tese de invasão e de uma verdadeira guerra de dominação de espaços e nações. guerrilha ou genocídio?? os povos que aqui viviam, como sempre, assustados com o vigor e armas dos invasores.

O encontro...

Gilles Deleuze, em Mil Platôs, chegou a levantar a hipótese de que quando os índios da américa do sul viram os europeus com seus grandes chapéus e montados num bicho bastante estranho, chamado cavalo, pensaram ser um só corpo. É o corpo do dominador. Aqui vemos também como os índios, no Brasil, não se entregaram ao modo de produção capitalista. Os estrangeiros - negros e europeus -, estavam à procura, talvez, de cordialidade. Viram os grupos dos povos que aqui viviam completamente assustados.

Costumes da Bahia

Continuando com a viagem de Adam Victor, a gravura mostra agora os costumes da primeira capital do país. A Bahia de todos os santos, a primeira Capitania Hereditária, com os costumes mais antigos do país que se criava. Uma mistura de culturas na frente da casa, que também era um quintal. Ainda hoje existem casas como essa, em pequenas comunidades no interior de Minas, e do Nordeste. Principalmente no Nordeste. Vemos 6 pessoas na "foto". Um rapazola vestido à la Napoleão, o conquistador e Dom Juan; dois caboclos pescadores, sendo que um tem mais feições brancas - nitidamente o pescador dono do barco; uma ama de leite, seminua; a jovem mulher do conquistador; e, o mais importante, e por isso talvez esteja escondido, um velho com um binóculo.

Vue de la Montagne de corecovado et du faubourg de cadete

Ainda no Rio de Janeiro, vemos o corcovado (sem o Cristo, claro, visto que a gravura é do século XIX) com os verdadeiros habitantes dos morros cariocas. Sim, desde aquela época, os afro-descendentes tinham a melhor vista da comunidade em geral. A arte de lá, por isso, é da vulgaridade e do popular. Nada de alaúdes e flautinhas sem graça. Mas nessa gravura algo aconteceu com a pedra logo ali quase ao meio. Todos olham pra ela, como se houvesse tido uma pequena explosão. O que seria?

Praya Rodriguez Près de Rio de Janeiro

Lagoa Rodrigues de Freitas sendo explorada calmamente por belos colonizadores já estabilizados no Rio de Janeiro. Dois coqueirinhos de cá, dois coqueirinhos de lá, dois branquinhos em pé conduzindo dois negrinhos de cá. A posição da foto, como quase todas, é de um plano geral da paisagem que os europeus estavam conquistando. Uma natureza impressionantemente rica e insegura. Era uma aventura que nenhum cinema brasileiro soube, e talvez, saberá contar.

A MORTE de uma anarquia

Há pouco tempo eu ficava irritadíssimo (sim, esse blog também tem textos em primeira pessoa, mas nada, absolutamente nada indica que sejam mais verossimilhantes ou verdadeiros que os textos escritos na distante voz da terceira pessoa)... voltemos - eu ficava irritadíssimo com a idéia de novas bandas encarando o processo artístico de criação como um trabalho. Era um resquício da visão romântica que, na frente com a banda Nirvana, muita gente acabou concordando. É só ver o In Utero ( último disco da banda) pra sacar como tudo era, em outra década de 90 não consumista. Mas Kurt Cobain morreu com um tiro de espingarda e completamente dopado de heroína. Não quero dizer que ele sirva de lição para que, hoje, nós comecemos a ter outra visão do trabalho artístico, ou mesmo do meio artístico. Mas onde pode dar o radicalismo desenfr eado, noiado e insano do rock n´roll adolescente. Não que a adolescência seja o lugar de impostores, ou de falsos revolucionários... Mas é o lugar de uma anarquia h

manifestação contra qualquer tipo de subordinação artística sob olhar unicamente visual

veio a idéia só porque a gente vive hoje muito mais em um universo dimensionado visualmente, apesar de haver tanta coisa ao redor de nossa caixa craniana além da simples visão imagética. é por isso que nas universidades tanta semiótica é estudada, e tanta imagem é mostrada, na tentativa de uma aprendizagem nova, digamos até, pós moderna. Pois digo aqui nesse momento sorrateiro da vida pós moderna: não há imagem visual rica sem a presença da duração temporal. Não há riqueza, portanto, em ionizações de imagens neo-barrocas sem nenhum ganho espacial, sem nenhuma possibilidade de interpretação musical, sensorial tântrica, submarínica, atolada em pedreiras dos arrecifes nordestinos ou mesmo caribenhos. A possibilidade que nos é jogada no eterno , agora, jogo de cartas e dados moderno é a impossibilidade de avanço estético sem um posicionamento cinemático diante do mundo com pletamente tomado pelas corporações do audiovisual. a frase é: militantes ultrapassados de todo mundo, uni-vos na inte