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Mostrando postagens de outubro, 2009

Alga Doce - Andrej Wajda

O misto de um gênero documentário com a ficção vem de muito tempo - e se renova mais a cada dia. Mas muito tempo mesmo, já que o teatro é, quase em sua essência, essa mistura. Se a realidade influencia na ficção do ecrã, tal como um dia o teatro influenciou, então cinema e teatro não possuem distinções claras. Um erro pensar assim. Cinema é uma história, mas também uma História. O espectador de cinema é como o de TV, só que mais atento, afinal pagou para perder aproximadamente 2 horas de sua vida na frente de um telão. Lá naquele buraco, naquela caverna escura, o espectador visualiza um mundo presente, levado pela narrativa e pela crença fundamental de que o que ele assiste ali se passa como se estivesse passando pela primeira vez. O "ao vivo" da TV surge com essa credibilidade que tem a impressão de realidade. Alga Doce, último filme de Andrej Wadja, mistura realidade e realidade criada. Mas o misto é sem problematizações maiores. Ali, quem assiste pensa: estou vendo um film

Anthropophagie c´est cinema brasileiro?

Gravura tirada do livro de Hans Staden : Warhaftig Historia und beschreibung eyner Landtschafft der Wilden Seria a antropofagia uma zombaria do homem que viria da cultura de cavalaria? Poderia ser. Como Darcy Ribeiro diria - o índio é um zombador. Se assim a gente concorda, pelo menos nisso, a antropofagia que Oswald teria inventado de uma cultura antiga brasileira, ou, pré-brasileira, a suposta convicção de que essa cultura seria a única forte - neste ambiente de melancolia e tristeza que quer virar Portugal, um imenso Portugal, um Império Colonial... Se assim foi, o cinema a partir do início da década de 70 teve essa "nova revisão crítica". Mais postagens virão a respeito dessa "força" antropofágica.