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Mostrando postagens de novembro, 2007

Rio 40 graus - 1955 - Nelson Pereira dos Santos

Não é por irresponsabilidade, mas por indecência, indecoro, mediocridade de grandes distribuidoras e, ou, produtoras que este filme ainda não foi lançado em DVD. O marco do cinema latino americano para a entrada aos cinemas novos, um cinema neo-realista em pleno Brasil - o filme que fez com que Glauber, Sarraceni, Ruy Guerra e demais tomassem a dianteira da produção cinematográfica no país. Nada disso vale - o que vale são os prêmios, a busca pelo oscar e pelos festivais europeus. Se soubessem que somente com a história local do próprio cinema que seriam, necessariamente, feitos filmes bons hoje em dia... Mas não sabem. Rio 40 graus impressiona não pelo fato dele ser uma cópia bem feita do neo-realismo, mas por ser um filme que, de uma maneira moderna, intercala narrações distintas sem que ninguém perceba. Uma trama absolutamente difícil de ser montada, hoje, que dirá na década de 50. Nelson Pereira entra no cinema com um dos, se não o melhor filme de sua carreira. Mas a cadeira cativa

Rio Zona Norte - Nelson Pereira dos Santos - 1957

Segundo filme do criador do cinema novo aqui no Brasil. Nele está o personagem das chanchadas, Grande Otelo, interpretando um compositor que vive no morro carioca - um faminto por sucesso e dinheiro, por uma vida decente. Ele compõe músicas belíssimas, tristes, realistas, mas é desengonçado. Tão descompassado quanto a direção, ainda incipiente, de Nelson Pereira. No filme vemos a impossibilidade, ainda , de se falar de temas profundos e metalinguísticos. Nelson, assim como o personagem interpretado por Paulo Goulart, o Moacir, sabe da importância que tem a cultura da Zona Norte do Rio. Mas não chega muito perto dela - vive na procura pela erudição em composições. Com a distância entre o morro e a burguesia se edificou coisas belíssimas como a própria bossa nova, citada no filme, e o cinema novo. Mas este aspecto do cinema que se criava foi criticado, e revisado por Glauber, em sua reinvenção da linguagem cinematográfica - em sua volta às primeiras imagens do Brasil. Nelson Pereira aind