O que irrita mais as complicações contemporâneas é a ilusão de uma democracia de fato. Como você pode ver, esse texto continua o texto anterior, na tentativa de propor uma observação de um novo milênio que se inicia, e de um papel transformador que o ser humano, hoje já sem sua força humanista, possui dentro dessa democracia impulsionada por um bem estar social globalizado.
O problema maior dessa irritação de fim de século, e de milênio, é que , dentro da perspectiva temporal do século, estamos no surto de um mundo livre. E, sobretudo, dentro de uma perspectiva de fim de milênio, ainda estamos no pós guerras - ou pós ecatombes. Pensemos o seguinte, car@ leitor (a) desavisad@ e distraíd@: nunca houve tamanha destruição após a segunda grande guerra mundial. E de lá saiu a grande potência atômica e econômica que é os EUA. Todos os planos de reconstrução da europa, como o plano Marshal, a OTAN, a criação do FMI - tudo teve seu início no pós guerra, e na finalização do facismo.
E as ideologias que aqui, nesse novo milênio continuam em completo acordo, vieram de pensamentos das duas grandes potências de outrora - o capitalismo e o comunismo dos primeiros e segundos mundos. Vejamos essa nova bela época como a ratificação da democracia iluminista, vinda da grega, e da imposição de uma cultura - e porque não religião - ocidental.
Entendamos, assim, a razão da irracionalidade fundamentalista. O "global" nunca vai existir, e é por essa lógica da massificação de culturas sem o aprofundamento simbólico e histórico inerente a cada cultura, que essa crise que se inicia tem seu lugar histórico.
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