Se alguém tinha dúvida de que o cinema de autor ainda poderia ser feito hoje no Brasil, e com uma qualidade bem próxima, até superior, ao cinema desse tipo que era feito nas passadas décadas de 60 e 70, agora não tem mais. Bressane, como um diretor que quer fazer de sua imagem um ícone da resistência do tipo de cinema citado, chega ao cume de sua arte cinematográfica feita ao público – algo que antes parecia causar ódio ao diretor, vendo o estilo histórico brasileiro, ou mesmo épico aberto desse intelectual. Há muito diziam que ele tinha guardado a herança da narrativa de Glauber Rocha. Só que, em seus épicos como São Jerônimo, ou mesmo o Brás Cubas, Sermões de Padre Antônio Vieira, lembrávamos tanto de Glauber quanto um Jodorovsky mexicano. A razão de Bressane, hoje, ter deixado de lado as elucubrações monumentais e imagéticas de um cinema preocupado com causas da escritura nacional estão quase que evidentes na metalinguagem de Erva do Rato. Parte então, ele, para um drama estabeleci...
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