o "rato" se torna mercadoria em Cronenberg Em apresentação na sua primière na França, Cannes, críticos falam do pecado de Cronenberg neste filme que parecia ter tudo para nos clarificar sobre nosso atual patamar contemporâneo. Esteticamente, políticamente, financeiramente. O pecado havia sido o tempo estático - sem maiores ações, sem maiores sentimentos afetivos. Cronenberg rebate: o filme fala de uma claustrofobia, não podia ser diferente. Representado pelo jovem ator Robert Pattinson, este que, certas vezes, parece não querer atuar - uma qualidade que rememora um ponto alto alcançado por Pierre Clémenti, por exemplo -, o protagonista de Cosmópolis quer apenas cortar o cabelo. "Drama" joyceano, do livro de DeLillo. Ao lado de toda sua saga rumo à periferia da cidade, local onde fica seu barbeiro de infância, uma série de acontecimentos inúteis tangenciam sua rotina. A grande fatia do tempo fílmico é gravada dentro de uma limousine equipada com artefatos da no...
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