Haveria quem dissesse que o sarcasmo dos filmes de Sérgio Bianchi pesam na mão, perdem um pouco a medida, transbordam com um ódio destilado pela “câmera-faca”. Mas e a velha procura pela realidade, não pode ganhar esse tom? O cinema brasileiro que tanto prezou por algum tempo em seu novo cinema – que, mesmo distante da maldição da ironia e sadismo em seu início, já demonstrava o que havia de falho nos discursos oficiais sobre o que se chamou por muito tempo de “Brasil” - , é ele um motivo ideológico impulsionado pelos seus diretores? E a morbidez do cinema chamado MARGINAL, em São Paulo? Contra a adoção da indústria carioca da Rede Globo? Não trariam, estes contextos algo a mais na discussão sobre a ideologia no cinema? Impossível juntar ideologia e desbunde. Essa impossibilidade é vista em “Jogo das Decapitações”, de Bianchi. Ele mesmo parece propôr essa impossibilidade de diálogo desde seu principiante “Maldita Coincidência”(1973), este que se exibe em trechos também no filme ...
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