
O fundamental é a mensagem que se passa ao país que acolheria o velho Hitch, e daria condições para que ele produzisse muitas de suas obras - os EUA. São muitos filmes que põem esse país como o salvador da guerra, mas talvez a raridade deste seja por ele ter sido feito durante a ebulição das invasões fascistas no velho mundo.
É difícil não se perder na intensidade política completamente estetizada pelo cineasta, um erro fatal se ele não estivesse à procura de soluções para aquela hecatombe que acontecia. Digo isso porque fazer entretenimento e brincadeiras com fatos políticos é quase impossível sem que se perca o domínio da obra. Ela sai do controle de qualquer intenção e segue qualquer opinião - desde a mais rasa à mais sem sentido. Não é o caso de Hitchcock, nem do filme Correspondente Estrangeiro, no qual o ambiente praticamente envolve qualquer direcionamento diegético - como se os personagens estivessem à mercê dos acontecimentos da sociedade.
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