Uma coisa, dentre várias, que o movimento do Cinema Novo da década de 60 ensinou às gerações posteriores, foi fazer filmes com o olhar de um estrangeiro que vê os temas do Brasil. Sendo assim, até aqueles milhares de estrangeiros que vivem no país, por “opção” ou por contingência, gostariam dos filmes que veriam nas telas de cinema daqui. Desde que se entende essa tabuada, se cria cinema com intenções industriais que devem ser levadas a sério. Lula, Filho do Brasil , é filme necessário para estrangeiros, “estrangeiros”, e nativos. Filme que centra em personagem, diga-se de passagem, e segue esse herói até o fim nas regras clássicas, chega a ser regra nessa crença da industrialização do cinema. Não é preciso chamar a atenção pra isso, ou para uma publicidade infantil proporcionada conscientemente por quadros artísticos que não saíram da regra populista do primeiro Cinema Novo. Mas, sim, é preciso chamar a atenção para o fato que salta aos olhos dos mais inocentes – sem o personagem rea...
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