
Strange Days, nunca mais.
A estupidez da inverdade sem a poesia das drogas de um tempo extraordinário entre os dias dos anos 60. A imbecilidade de formalismos sem fogo, sem amor, sem sexo, sem gritos, sem experimentalismo – a não ser na marginalidade. Eis nosso tempo, comparado com 196...
Com as portas das percepções cerradas, estas tão preocupantes num momento diante de um jardim que há pouco tempo havia sido bombardeado por armas de gente ambiciosa, aquelas percepções de que Bergson primeiramente falou para dar o caminho, mais tarde Russel, Ponty, até Sartre e alguns marxistas mais radicais conhecidos... E pops como Huxley levaram para alguns jovens que queriam espaço pra cuspir na tradição do velho que segura sua cadeira familiar. As portas naquela época, entreabertas com drogas alucinóginas e atitudes extremamente dionisíacas, por demais ininteligíveis para qualquer um do tempo linear. Do tempo previsível. Do nosso tempo.
Jim Morrison cai do palco quase sem seu pudor, quase sem sua força – completamente embriagado. Policiais entreolham os integrantes da banda que encaram estes olhos fardados medrosos e assustados. Os integrantes da banda apenas afirmam com seu olhar fixo: ele está certo sim, oras, pois isso é arte, seu idiota. E os policiais, então, se olham, com os mesmos olhos que antes demonstravam medo. Se ajuntam diante deste acontecimento interessante, mas desconhecido. E pensam, então: “porque a banda ainda continua tocando?” Eles não entendem – não percebem.
Até que de uma hora pra outra, aquele embriagado volta pulando em um pé só, como um ditirambo. Quase manda os policiais para seus lugares, suas casas... Mas a cidadania puritana manda no país de Doors. Eles tão sós, ficam em sua fala bluesística, de pessoas sós, de pessoas que querem ser livres.
Jim fala da eternidade em cinemascope, e murmura sobre a morte. Justamente o que nos enfia uma faca no olho, como avisou Buñuel, o cinema é alvo da fenomenologia com Bazin. Qualquer preocupação com a vida, que se demonstrava como um ESPETÁCULO em todas as suas entradas e saídas. No mundo moderno havia espaço para a velocidade das idéias, a negação da própria idéia, a superação da consciência - a volta à percepção pura. O radicalismo era tão bonito... Hoje ele é tão estranho.
A estupidez da inverdade sem a poesia das drogas de um tempo extraordinário entre os dias dos anos 60. A imbecilidade de formalismos sem fogo, sem amor, sem sexo, sem gritos, sem experimentalismo – a não ser na marginalidade. Eis nosso tempo, comparado com 196...
Com as portas das percepções cerradas, estas tão preocupantes num momento diante de um jardim que há pouco tempo havia sido bombardeado por armas de gente ambiciosa, aquelas percepções de que Bergson primeiramente falou para dar o caminho, mais tarde Russel, Ponty, até Sartre e alguns marxistas mais radicais conhecidos... E pops como Huxley levaram para alguns jovens que queriam espaço pra cuspir na tradição do velho que segura sua cadeira familiar. As portas naquela época, entreabertas com drogas alucinóginas e atitudes extremamente dionisíacas, por demais ininteligíveis para qualquer um do tempo linear. Do tempo previsível. Do nosso tempo.
Jim Morrison cai do palco quase sem seu pudor, quase sem sua força – completamente embriagado. Policiais entreolham os integrantes da banda que encaram estes olhos fardados medrosos e assustados. Os integrantes da banda apenas afirmam com seu olhar fixo: ele está certo sim, oras, pois isso é arte, seu idiota. E os policiais, então, se olham, com os mesmos olhos que antes demonstravam medo. Se ajuntam diante deste acontecimento interessante, mas desconhecido. E pensam, então: “porque a banda ainda continua tocando?” Eles não entendem – não percebem.
Até que de uma hora pra outra, aquele embriagado volta pulando em um pé só, como um ditirambo. Quase manda os policiais para seus lugares, suas casas... Mas a cidadania puritana manda no país de Doors. Eles tão sós, ficam em sua fala bluesística, de pessoas sós, de pessoas que querem ser livres.
Jim fala da eternidade em cinemascope, e murmura sobre a morte. Justamente o que nos enfia uma faca no olho, como avisou Buñuel, o cinema é alvo da fenomenologia com Bazin. Qualquer preocupação com a vida, que se demonstrava como um ESPETÁCULO em todas as suas entradas e saídas. No mundo moderno havia espaço para a velocidade das idéias, a negação da própria idéia, a superação da consciência - a volta à percepção pura. O radicalismo era tão bonito... Hoje ele é tão estranho.
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