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INFLAÇÃO

A inflação era cultura. Era também uma cultura, assim como é a economia. A briga que existe entre os economistas e qualquer pessoa que se interesse por cultura é, no mínimo, uma falácia. Falo isso porque nenhuma pessoa por exemplo, é chamada de CULTURALISTA por amar, gostar usar, estudar ou ensinar cultura. Mas, no caso da economia, isso todo mundo sabe, acontece.

Muito disso é devido a prepotência, arrogância – ou seja: burrice dos economistas. Por muito tempo eu pensei que os economistas não gostavam de abrir o jogo a respeito destes trâmites, dessas entrelinhas – a ligação entre a cultura e a economia – o discernimento, ao menos. Essa minha hipótese estava quase a ser comprovada, e ela era realmente bastante certa de ser comprovada, visto que no âmbito da economia as entrelinhas, as explicações, os conceitos, até mesmo as palavras entram no jogo capitalista.

Resumindo: os conceitos e as compreensões visadas pelos economistas seriam, nessa hipótese, usadas em grupos e capitalizadas como bens simbólicos. Quem gostasse, ou quisesse utilizar tais conceitos, teria que pagar um valor alto e estar no grupo para ler os livros extremamente guardados. Os livros que, de certa forma são sacralizados, dão todos os arcabouços para se compreender o mundo dos números, das ofertas e das demandas. Mas, como eu disse, era apenas uma hipótese, e ela não foi comprovada.

A outra hipótese, a comprovada, eu demonstro agora.

Cultura é tudo aquilo que o homem faz, cria, copia, manifesta, e tem certa duração. Ela ,assim , englobaria tudo.

Comentários

Anônimo disse…
maurinho, coincidência de novo... Hoje no concurso da petrobras a prova de português trouxe um texto de um economista publicado na VEJA. Ele [que esqueci o nome], de certa forma, tem idéias similares.
Segundo suas idéias, nossas decisões cotidianas estão inseridas na lógida do juros. Deixamos de fazer ou fazemos coisas de acordo com o ganho que teremos posteriormente. Ás vezes, os mais ansiosos "investem" em coisas imediatas que lhe cobraram juros mais altos depois... na alimentação, por exemplo. Outros, preocupados demais com o futuro, deixam de "investir" com medo de quanto pagarão mais pra frente... na religião, por exemplo.
Enfim, a lógica do juros, entendida como um sistema de compensação, é utilizada por todos nós diariamente.
No caso da cultura, a situação é um pouco mais complexa... mas, por agora, está dado o meu recado.
beijos!!
e hurra...
Eric Blair disse…
Eu prefiro conceitos mais redutores: economista é bicho desprezível.
Não adianta tentar misturar água com azeite. Só vai perder tempo e desperdiçar água e azeite.
Hasta.
Eric Blair disse…
Aqui na horta estamos prestes a colocar um inútil no poleiro. O mais provável vencedor é um economista asqueroso (redundante? Pois...) o outro, que já percebeu a coisa, diz-se humanista.

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