Bazin viajou o mundo em seu pouco tempo em vida. Chegou a criar um jacaré, em sua diversa fauna que tinha em casa – um jacaré do Brasil. Adotou Truffaut não só como pupilo, mas como filho (ver “Os Incompreendidos” de François Truffaut). Era católico militante, além de ter uma predileção pela esquerda tanto da instituição milenar, quanto da vida política mesmo.
O que isso tem a ver com a pergunta, você me retrucaria...
A montagem era um exagero do discurso em cinema. Era mais uma retórica desnecessária, imagem de mais e vida de menos. Eram páginas a serem juntadas, ou notas que se complementam – a montagem clássica, como diria André Malraux, deve muito ao corte no cinema. Sem cortes, com o plano seqüência, diria Bazin, nós não vemos então somente cinema – nós vemos a realidade nos falando. Bazin luta para que esta arte de entretenimento ganhe mais força diante de nossa vida, assim como o teatro havia conseguido. Nós sentimos os atores no tablado, porque não sentir na tela?
Ao defender a realidade, ou aquilo que imitaria a realidade no cinema, Bazin acaba nos elucidando que a tal sétima arte tem como característica específica revelar o mundo para os leigos, e contemplar a beleza do comum para os mais iniciados na arte. O humanismo do crítico católico é o que fez ele perceber que nada cuja mão do homem toca é coisa, objeto, mas uma derivação ou uma continuação do próprio homem.
Sem Bazin não estaríamos vendo hoje a vida de Godard, ou Truffaut, também Rohmer e Chabrol. Antes, Bazin procurava na L´Esprit a eternidade – na Cahiers Du Cinema, Bazin promove a principal teoria cinematográfica do mundo moderno. Antes dele só tateavam afim de saber o que era o cinema (as teorias francesas de Louis Delluc, Jean Epstein e Germaine Dullac, ou de Jean Mitry, Gilbert Cohen-Séat brigavam mais com a vanguarda Russa do líder Kulechov e Pudovkin – mas a realidade, a verdade, a objetividade da imagem estava no cerne da formulação ainda muito bergsoniana – a fenomenologia em nascimento, assim também a pureza da teoria do real no específico fílmico). Antes, só sabiam que vemos coisas na tela que não percebíamos no mundo. Agora, com Bazin, temos quase a plena consciência de que o cinema revela o real, e nos demonstra os movimentos e as aspirações não somente da natureza – mas da natureza humana.
Algo idealista, diriam os mais politizados da fase consciente que viria pós-68.
O que isso tem a ver com a pergunta, você me retrucaria...
A montagem era um exagero do discurso em cinema. Era mais uma retórica desnecessária, imagem de mais e vida de menos. Eram páginas a serem juntadas, ou notas que se complementam – a montagem clássica, como diria André Malraux, deve muito ao corte no cinema. Sem cortes, com o plano seqüência, diria Bazin, nós não vemos então somente cinema – nós vemos a realidade nos falando. Bazin luta para que esta arte de entretenimento ganhe mais força diante de nossa vida, assim como o teatro havia conseguido. Nós sentimos os atores no tablado, porque não sentir na tela?
Ao defender a realidade, ou aquilo que imitaria a realidade no cinema, Bazin acaba nos elucidando que a tal sétima arte tem como característica específica revelar o mundo para os leigos, e contemplar a beleza do comum para os mais iniciados na arte. O humanismo do crítico católico é o que fez ele perceber que nada cuja mão do homem toca é coisa, objeto, mas uma derivação ou uma continuação do próprio homem.
Sem Bazin não estaríamos vendo hoje a vida de Godard, ou Truffaut, também Rohmer e Chabrol. Antes, Bazin procurava na L´Esprit a eternidade – na Cahiers Du Cinema, Bazin promove a principal teoria cinematográfica do mundo moderno. Antes dele só tateavam afim de saber o que era o cinema (as teorias francesas de Louis Delluc, Jean Epstein e Germaine Dullac, ou de Jean Mitry, Gilbert Cohen-Séat brigavam mais com a vanguarda Russa do líder Kulechov e Pudovkin – mas a realidade, a verdade, a objetividade da imagem estava no cerne da formulação ainda muito bergsoniana – a fenomenologia em nascimento, assim também a pureza da teoria do real no específico fílmico). Antes, só sabiam que vemos coisas na tela que não percebíamos no mundo. Agora, com Bazin, temos quase a plena consciência de que o cinema revela o real, e nos demonstra os movimentos e as aspirações não somente da natureza – mas da natureza humana.
Algo idealista, diriam os mais politizados da fase consciente que viria pós-68.
Comentários
será que você poderia me esclarecer uma coisa: Tipo, por que o Bazin ficava tão furioso com o Barroco? não entendi MUITO bem esse lance...
Obrigada,
Abç
Marina.