Não é pedra que a gente pensa que nos cerca. É muito mais ódio, competição. Não é concreto o que nos abraça. É a falsidade do ser morto, sem vida, e que quer sobre todos os acontecimentos tirar nossa vida também. Não são máquinas o que nos ajuda. Nada tem nos ajudado, porque as máquinas vivem sozinhas. Se em um momento elas precisaram da gente, hoje elas estão bem sem nossa ação. Não é a vida que nos chama, mas a ação. Não é aquilo que sempre parece ser. Não há mais o ser. Não existe o menor cabimento eu continuar escrevendo sob essa via. Se tudo é morto, então porque continuar? Ou seja: porque não morrer do mesmo jeito que todos morrem: aos poucos na exploração da alienação de poderes, no cortar de nossos pulsos pra que não usemos nossas mãos e não despejemos sangue na salada e nos bigodes que ostentam probidade. Porque não se contentar com a cama, a barriga que vem crescendo, os cabelos que vêm caindo, se contentar com a doçura da preguiça, da calma do conformismo confortável, do qua...
arbeitsjournal brasileiro