Os gatos que moram no mato vivem procurando comida e mitos em pássaros e outros bichos ao lado dele. Estes gatos têm vigor, têm sustância, parece que se alimentam bem e vivem felizes por não ouvirem barulhos de coisas caindo e bichos chorando a todo o tempo. Acontece o contrário com os gatos que são cosmopolitas - que vivem na selva de pedra, nos concretos.
Os gatos da cidade são mais magros, e mais doentes. Os que vivem na rua comem lixo, procuram seus mitos mas não acham em nada. Só acham medo em tudo o que vêem. Isso mesmo, eles são absurdamente medrosos. Evidentemente que um gato pequeno não teria a confiança de um tigre, ou de um leão. Mas vivendo mais só na selva ele não se estressaria com os barulhos das máquinas, e viveria com mais magia.
Na cidade, os bichanos transam mais - a população é bem maior. Eles brigam mais, em decorrência dessa população grande. Em suma, a relação com outros gatos e gatas é bem maior que no mato.
Porém, esses gatos da cidade são em sua maioria tristes. São arrependidos de viver, querem se suicidar, não aguentam viver em lugares fechados, não vêem outros bichos senão os homens e outros cachorros (de vez em quando um cavalo). Eles perdem pêlos, perdem rabos, são obrigados a andar cautelosos na rua, são estressados.
Os homens também perdem pêlos, andam estressados, trabalham pra poder se sustentar nessa grande comunidade de mulheres e homens cidadãs. Mas os homens estão muito afastados da mata. Eles nem mesmo conseguem se comparar com outros bichos, como fazem os gatos quando sonham que são tigres. Os seres humanos não pensam em ser um gorila. Eles raramente se comparam com bichos, pelo menos essa sociedade ocidental que nos domina.
Mas a grande comunidade de gatos e homens seduz pela grande possibilidade de dominação e libído cosumada em orgasmos que ela nos faz acreditar possuir. O mal estar se instala, porque nem todos possuem. E perdemos pêlos, ficamos magros com úlceras e nos vemos velhos sem uso, queremos pular de prédios ou nos jogar em cima de carros e caminhões, assim como os gatos.
Os gatos da cidade são mais magros, e mais doentes. Os que vivem na rua comem lixo, procuram seus mitos mas não acham em nada. Só acham medo em tudo o que vêem. Isso mesmo, eles são absurdamente medrosos. Evidentemente que um gato pequeno não teria a confiança de um tigre, ou de um leão. Mas vivendo mais só na selva ele não se estressaria com os barulhos das máquinas, e viveria com mais magia.
Na cidade, os bichanos transam mais - a população é bem maior. Eles brigam mais, em decorrência dessa população grande. Em suma, a relação com outros gatos e gatas é bem maior que no mato.
Porém, esses gatos da cidade são em sua maioria tristes. São arrependidos de viver, querem se suicidar, não aguentam viver em lugares fechados, não vêem outros bichos senão os homens e outros cachorros (de vez em quando um cavalo). Eles perdem pêlos, perdem rabos, são obrigados a andar cautelosos na rua, são estressados.
Os homens também perdem pêlos, andam estressados, trabalham pra poder se sustentar nessa grande comunidade de mulheres e homens cidadãs. Mas os homens estão muito afastados da mata. Eles nem mesmo conseguem se comparar com outros bichos, como fazem os gatos quando sonham que são tigres. Os seres humanos não pensam em ser um gorila. Eles raramente se comparam com bichos, pelo menos essa sociedade ocidental que nos domina.
Mas a grande comunidade de gatos e homens seduz pela grande possibilidade de dominação e libído cosumada em orgasmos que ela nos faz acreditar possuir. O mal estar se instala, porque nem todos possuem. E perdemos pêlos, ficamos magros com úlceras e nos vemos velhos sem uso, queremos pular de prédios ou nos jogar em cima de carros e caminhões, assim como os gatos.
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