Inarritu já se conforma com um "documentário" da ficção politizada, e nos faz ficar conformados com essa nuance. Só que não só ele faz cinema dessa maneira, tantando ser mais realista que qualquer câmera em tripé. Vemos isso em Traffic de Soderbergh, em Syriana de Gaghan, a tentativa é de mostrar conflitos entre um mundo completamente atrasado e os EUA, o grande império.
Em Babel vemos três histórias que se entrelaçam - uma em Marrocos, outra nos EUA e México, e a última, a mais afetiva, no Japão. Na verdade os conflitos são sempre de comunicação - a dificuldade, ou impossibilidade de se estabelecer diálogo entre os que dominam e os que são dominados. Tanto do pai que dá uma espingarda aos filhos, do chefe da casa interpretado por Brad Pitt que não consegue gerir sua babá nem a comitiva que levava ele e sua mulher, dos policiais com os possíveis terroristas ou com o irmão da babá que os trazia do México, ou da deficiente auditiva japonesa ansiosa por sua libído...
São desentendimentos entre dominantes e dominados que não se resolvem, a não ser no final. Enfim, os que contemplam o final feliz são aqueles do primeiro mundo (Japão e EUA). Os mexicanos e os marroquinos, mesmo inocentes, são punidos pelo filme - ao esquecimento. Tragédia apenas para o terceiro mundo, happy end para os que promovem o desenvolvimento aos quatro cantos da terra.
Interessante é ver como o filme se encaixa numa nova proposta de arte mundial , como uma wolrd art, tanto com as músicas da world music, quanto com os atores e locações das mais cosmopolitas às mais deserticas. Assim é o abismo entre o desenvolvido e o esquecido.
São desentendimentos entre dominantes e dominados que não se resolvem, a não ser no final. Enfim, os que contemplam o final feliz são aqueles do primeiro mundo (Japão e EUA). Os mexicanos e os marroquinos, mesmo inocentes, são punidos pelo filme - ao esquecimento. Tragédia apenas para o terceiro mundo, happy end para os que promovem o desenvolvimento aos quatro cantos da terra.
Interessante é ver como o filme se encaixa numa nova proposta de arte mundial , como uma wolrd art, tanto com as músicas da world music, quanto com os atores e locações das mais cosmopolitas às mais deserticas. Assim é o abismo entre o desenvolvido e o esquecido.
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