Já falei uma vez aqui sobre o ideal midiático de mulher. Eis que bate à porta outra vez essa sugestão. Tudo porque vejo fotos no msn, no fotolog, na TV, no orkut, até nas músicas, perfumes e vitrines. Vejo fotos de bonecas. Fica no plano médio: não tem muito a ver com gostar, ou ser indiferente. É mais uma versão atrasada da época bela com ranços medievais. A serva, os cabelos trançados, a modelo, a americana siliconada que vê no caminho mais fácil olhar pra o seu pretendente de uma maneira que chamamos “sexy”, abaixando a cabeça pra o machismo supermoderno – uma bárbara relação de meninos de catorze anos, cuja brincadeira é dura e machuca. O corpo aparece modelado, mas o rosto é o cartão de visitas. Ainda não se sabe como a mãe vai ser daqui a alguns anos. É um barulho que nos deixa surdos, essa opressão de carros e ternos que atropelam a voz fina. Eu, homem branco ocidental, porém brasileiro, não sou obrigado a aceitar o meretrício das novelas ou da TV. Mas é a única opção ...