Junte os seguintes nomes: fotografia de Mário Carneiro, trilha sonora de Antônio Carlos Jobim, roteiro adaptado de Lúcio Cardoso, atuação de Reginaldo Farias, direção de Paulo César Saraceni. Será que a obra poderia sair razoável, com tanto peso junto? Sim - saiu. Talvez porque Saraceni ainda não tinha a habilidade necessária para contradizer a linha do cinema traidicional no Brasil. São falsos raccords e quebras de eixo em demasia, são notas repetidas demais do Tom, ao passo que são fotografias lindíssimas de Mário - não se via tanta beleza até então no cinema brasileiro. Inclusive, nem se podia saber quanta beleza tinha esses dramas brasileiros. Lembra, também, Sven Nykvist, o segundo diretor dos filmes de Bergman. Mas o filme sinceramente deixa a desejar em seu ritmo monótono, sem maiores surpresas. Uma moça do interior, mora na casa de um marido rude, e procura, através de seu charme, sedução, um rapaz para matá-lo. Ela tem discussões que parecem não querer acabar com este marido -...
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